A aerofagia é uma condição gastrointestinal que consiste na deglutição, voluntária ou involuntária, de ar. Esta pode ser provocada pela rapidez na ingestão das refeições, pelo consumo de alimentos que aumentam a produção de gases (como castanhas, feijão, grão, brócolos, leite ou bebidas gaseificadas) ou até mesmo por problemas psicológicos, como a ansiedade e stress.
A eructação, habitualmente denominada como “arroto”, e a flatulência são os sintomas mais comuns da aerofagia. Em alguns casos, poderá também manifestar-se através de inchaço e distensão abdominal. Embora esta sintomatologia seja semelhante à observada em outras doenças como má digestão e refluxo, a aerofagia não provoca vómitos, dor no peito ou azia.
De forma a amenizar o desconforto provocado pela aerofagia, os pacientes devem ajustar a sua dieta, evitando alimentos que promovam a produção de gases, e os seus hábitos aquando da ingestão de alimentos, nomeadamente, comer e mastigar lentamente e de boca fechada. Para além disso, as massagens abdominais, a prática de exercício físico e técnicas de relaxamento são apontadas como táticas úteis na gestão da patologia. Em casos específicos, alguns especialistas recomendam também a terapia da fala como solução para controlar a respiração.
Na persistência ou agravamento do conjunto de sintomas deve consultar um médico gastroenterologista. Este elaborará um diagnóstico personalizado com base nos sintomas e historial clínico de cada paciente.