A Colite Ulcerosa é uma Doença Inflamatória do Intestino (DII) que provoca a ulceração do revestimento interior do cólon. Caracterizadas por períodos de doença aguda ou crises e períodos de remissão com a ausência de sintomas estas têm um vasto impacto na vida dos doentes.
Um dos sintomas mais frequentes é a hemorragia rectal, mas em casos mais extensos da doença, os sintomas manifestados são diarreia com muco, pus e sangue, desejo urgente de evacuar e dor abdominal. Durante a fase aguda da doença, a febre, anemia, emagrecimento e dores articulares podem aparecer.
Não existe cura para as DII, no entanto, existem terapêuticas e tratamentos médicos que auxiliam na gestão da patologia. Estes diferem consoante a gravidade da sintomatologia de cada paciente, mas, frequentemente, utilizam-se soluções que procuram combater o ciclo de inflamação que se perpetua.
A nível alimentar recomenda-se, de modo geral, que os doentes mantenham uma alimentação saudável sem restrições dietéticas.
Relativamente a tratamentos médicos, em doentes com curso ligeiro a moderado, são administrados fármacos que ajudam a manter a remissão e diminuir os riscos de um novo período agudo como sulfasalazina ou a mesalazina (por via oral ou em formulações como supositórios e enemas). Se os sintomas são mais graves o médico gastrenterologista pode optar por utilizar corticosteróides (por via endovenosa, oral ou em enemas e espumas). O uso de imunossupressores e/ou biológicos geralmente está reservado para formas da doença moderada a severa que não respondem aos tratamentos elencados.
Quando os tratamentos médicos não são capazes de controlar a sintomatologia, ou quando existem complicações, pode estar indicada cirurgia. Na colite ulcerosa a cirurgia consiste na remoção do cólon e reto sendo que o intestino delgado é ligado à parede abdominal através de um estoma (abertura artificial) ou é construída uma bolsa ileal ligada ao ânus (anastomose ileo-anal) que permite a evacuação.